O Núcleo de Relações Internacionais (Nuri-RJ), vinculado à Frente Parlamentar da Alerj pela Humanização dos Serviços Públicos realizou na última quarta-feira (4) um Seminário que debateu o Mercado de Crédito de Carbono no Estado.
O deputado Danniel Librelon (REPUBLICANOS), coordenador do Nuri-RJ, destacou a importância do mercado de Créditos de Carbono na luta contra as mudanças climáticas, por oferecer uma abordagem econômica para a redução de emissões, com incentivos a práticas mais sustentáveis.
“Temos que reduzir 53% das emissões de carbono até 2030, para atingir, em 2050, a neutralidade do efeito estufa. Estamos dispostos a discutir com os setores envolvidos e com o governo do Estado para desenvolver novos projetos voltados à regulação desse mercado”, disse o parlamentar.
O procurador-geral da Alerj, Robson Maciel Júnior, destacou que o Estado do Rio tem protagonismo na discussão por ter sediado a ECO 92, conferência mundial que iniciou os debates sobre mercado de Crédito de Carbono, e ser a porta de entrada do Brasil para o fluxo de turismo e negócios.
“O governador Cláudio Castro (PL) assinou em 2023 um protocolo de intenções com a Bolsa de Valores Nasdaq e com a Global Environmental Asset Platform (GEAP), que tem como objetivo implementar, no Rio de Janeiro, a primeira ‘Bolsa Verde’ do mundo”, destacou.
Economia Verde e o Mercado Estadual
O seminário contou com três palestras ministradas por representantes do Ibemf e da empresa Green Sinergy, além do procurador-geral da Alerj, Robson Maciel, e do secretário-geral do Nuri-RJ, Pedro Leão Bispo.
De acordo com Anderson Passos, presidente do Ibemf, a Câmara de Comércio Internacional (ICC) estimou que o Brasil poderia receber até 120 bilhões de dólares por ano até 2030 somente com as transações de Créditos de Carbono.
“Essa previsão considera apenas a preservação florestal, sem levar em conta outros fatores relevantes para o Brasil, como a energia solar e o reaproveitamento das toneladas de lixo”, disse.
Passos também apresentou a possibilidade de participação popular na neutralização dos gases que causam o efeito estufa. De acordo com ele, um mercado aberto e simplificado para comercialização dos Créditos Ambientais pode atender às pessoas físicas que desejarem reduzir a própria pegada de carbono em pequenas quantidades.
Estiveram presentes no seminário os Cônsules da Angola e da Itália, Mateus de Sá Miranda e Massimiliano Iacchini, respectivamente; a coordenadora regional da Comissão de Mediação da OAB/RJ, Alcilene Mesquita; o assessor especial da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar), Robson França; e os representantes das Câmaras de Comércio da Alemanha, da China e de Portugal.
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