O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes falou pelos cotovelos no encontro “Oportunidades de Negócios” realizado na tarde desta sexta-feira na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
O evento que teve a presença de vários empresários e diversos secretários de seu governo em clima ameno e descontraído. Políticos como Atila Nunes, o presidente da câmara do Rio, Carlo Caiado e o deputado federal Pedro Paulo, que deve ser o vice prefeito da chapa de Paes marcaram presença bem como os secretários de saúde Daniel Soranz e a de transportes Maina Celidônio.
O evento tinha como ponto debater o Rio de Janeiro, sua economia e negócios. Paes começa dizendo que a cidade está com as contas em dia e que a capacidade de endividamento é de 50% das receitas da cidade. Matéria do jornal o globo apontou que a cidade tem quase 30 bilhões de reais a pagar em empréstimos nos próximos anos.
Disse que quando voltou a prefeitura, em 2021, quis transformar a cidade em um pólo de negócios e que a revitalização do centro do Rio era uma das suas maiores vitórias.
“O Rio tem que se consolidar na indústria e ser cada vez mais uma cidade atraente para o mundo”, afirmou.
Mas provocado através das perguntas falou sobre política e segurança pública, já que é um tema que impacta no turismo e na economia da cidade. O prefeito disse que o Rio precisava voltar a ter o protagonismo da narrativa sobre segurança, já que fala se muito da violência aqui mas que nos números, a situação de outras capitais é bem pior. Em nenhum momento, ele critica o governador Cláudio Castro.
“O Rio precisa recuperar a narrativa sobre a violência. É preciso ter a cobrança mas é preciso ter a narrativa.”
Paes diz que o Rio não pode ser chacota do país nesse quesito.
“A cidade avança. Não quer dizer que está tudo bem, há muito o que melhorar mas existe um trabalho para que a situação melhore a cada dia”
Madonna
Paes ressaltou que foi muito importante o show da cantora Madonna na cidade mas disse que também se chocou com as performances sexuais da cantora no palco
“A Madonna não precisava ficar transando no palco mas era importante ela estar aqui.”
O importante é termos compreensão disso, temos trabalho a fazer e depende muito da narrativa que a gente constrói.
Vice
Em determinado momento Paes brincou com o deputado e arquiamigo Pedro Paulo dizendo que se ele fosse o prefeito, os dados seriam mais detalhados, em Power points e tudo. Mas o comentário geral e das pessoas em volta é de que ele certamente será o candidato a vice em sua chapa para a prefeitura nas eleições de outubro.
Bolsa de Valores
A Bolsa de Valores voltará ao Rio. O prefeito garantiu a volta do local que tem importância imensa para a economia e o fechamento de negócios na cidade.
“A Bolsa de Valores volta já em 2025”
Guarda Municipal
O prefeito reafirmou a intenção de armar de maneira gradativa a Guarda Municipal. Nesse momento os empresários presentes o aplaudiram. Disse que a GM pode intervir em casos de assaltos em que a Polícia não esteja presente e elogiou as ações que o governo do estado tem feito.
Foi aí que começou o papo sobre segurança pública. O prefeito se colocou contra a medida do STF de impedir operações nas favelas sem o prévio aviso judicial, colocado pelo ministro Fachin.
“O estado tem que impor autoridade. Não dá pra chegar numa favela e você ver uma barricada. É preciso trabalhar para que diminua a letalidade policial e que ao mesmo tempo o estado seja presente.”
Nesse momento ele culpa, sem citar nomes, o ex-aliado político Sérgio Cabral, autor do plano das UPPs pelo fracasso do Rio na segurança.
Paes é cotado para ser candidato ao governo do estado do Rio em 2026.
Empregos e economia
Paes informou que o orçamento do município deu um salto, passando para R$ 45 bilhões este ano. E que a cidade aumentou sua capacidade para atrair novos investimentos após um conjunto de iniciativas, como a Lei de Liberdade Econômica e o programa Alvará a Jato, que permite que um alvará para atividades consideradas de baixo risco seja liberado sem burocracias pela internet em 1 minuto, e também o licenciamento simplificado, que beneficia o setor da construção civil.
“Pela primeira vez, em quatro décadas, o Centro da cidade superou a Barra da Tijuca no licenciamento e lançamento de unidades imobiliárias residenciais. Só na região do Porto Maravilha, nos últimos três anos, tivemos oito mil unidades residenciais vendidas. Isso é uma mudança na história da expansão urbana do Rio de Janeiro, que talvez a gente ainda não tenha a dimensão do que estamos vivendo. E o Reviver Centro busca seguir este caminho” afirmou o prefeito.
Outro dado positivo apontado pelo prefeito foi que o Rio voltou a ser a segunda capital que mais gera empregos formais do país.
“O Rio avança e consolida o seu papel de centro de entretenimento do Brasil. Poucas cidades no mundo teriam condições de fazer o que nós fizemos com o show da Madonna, em Copacabana. É só perguntar para o setor hoteleiro. O Rio mostrou uma enorme capacidade, provando que pode ter o turismo como uma indústria forte e receber os eventos” ressaltou o prefeito.
O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Josier Vilar, agradeceu a presença do prefeito no evento.
“Aqui é o local apropriado para que possamos sempre discutir os assuntos que tragam riqueza, prosperidade, trabalho, emprego e alegria para essa cidade. A discussão hoje é como se construir um ambiente de negócios num Rio de Janeiro mais próspero, para que a nossa cidade volte a ser um lugar atrativo para se viver, trabalhar, empreender e visitar” destacou Josier Vilar.
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