Por incrível que pareça, a justiça mandou soltar um marginal que assaltou e agrediu um turista cearense em Copacabana, zona sul, na semana passada.
A polícia até prendeu o vagabundo, que tinha 18 anotações criminais.
O episódio foi na madrugada da sexta-feira passada (16), na Praça Cardeal Arcoverde, e uma câmera de segurança registrou tudo. A vítima foi rendida por trás e chegou a lutar com o bandido, mas sofreu um golpe mata-leão e caiu no chão, desacordada. O criminoso fugiu correndo com o celular do cearense.
Dois dias depois, a PM localizou e prendeu o bandido que foi reconhecido pelo turista na 12ª DP (Copacabana).
O Plantão Judiciário, no entanto, acompanhou o parecer do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e indeferiu a prisão preventiva, na justificativa de que a descrição da vítima e dos policiais vinha de uma “narrativa genérica”, mesmo com os 18 registros incluindo ameaça, tráfico de drogas, furto a estabelecimento comercial, furto de telefone celular, furto a transeunte, injúria e lesão corporal.
O juiz Leonardo Alves Barroso afirmou em sua decisão que “a identificação do suspeito na rua ocorreu de maneira inusitada”. Inacreditável.
“Foi realizada por pessoa que não presenciou a execução do delito, mas que logrou saber de quem se tratava apenas pela narrativa genérica de o ‘meliante é de cor branca, estatura mediana, magro, cabelo raspado, cerca de 25 a 30 anos’, o que afasta-se dos padrões comumente utilizados pela melhor técnica”, escreveu.
“Os autos possuem apenas o depoimento da vítima e relatos dos policiais que realizaram a condução do suposto autor do fato, dias após a sua ocorrência. Dessa forma, não se encontram os elementos essenciais para a decretação da prisão preventiva”, destacou.
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