Intolerância religiosa cresce 80% e OAB debate o tema no Centro do Rio
O Brasil é intolerante quanto à religião. Prova disso é que, em 2023, foram registrados 1.478 casos (aumento de 64,59% em relação ao ano anterior). As violações cresceram também: saltaram de 1.184 para 2.124 (subida de 73,39%).
De acordo com Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, as religiões de matriz africana seguem como as mais afetadas pela intolerância religiosa nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Preocupada com o tema, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promoveu o debate A Intolerância Religiosa sob a Ótica dos Poderes da República’, realizado nesta terça-feira (6), no Centro do Rio.
Ex-presidente da Suderj, Renato de Paula foi um dos convidados para palestrar no evento.
“Não há religião melhor ou pior que esta ou aquela. Devemos respeitar todas e, consequentemente, respeitar as pessoas. O mesmo se diz em relação à política, quando se fez nos recentes anos uma retórica de que a direita e a esquerda são inimigas de algumas religiões, o que não é verdade. As religiões são amigas dos seres humanos e não importa qual seja. O cérebro humano precisa do pertencer e, antes deste pertencimento político e familiar, há uma noção clara de uma ligação com o sobrenatural no cérebro humano herdadas dos nossos antepassados. E essa ligação com o sobrenatural se dará em alguma religião. É preciso respeitar todas as religiões e não politizar algo que é natural ao longo da evolução em toda a espécie humana. É preciso pacificar. Por isso, este debate vem em uma boa hora”, explicou Renato.
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