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19/09/2024 10:40
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Mais de 6 milhões de estudantes sofreram bullying na escola em 1 ano, diz pesquisa

Você já sofreu bullying na escola? Provavelmente sim. Se não, certamente conhece ou já conheceu alguém que já passou por isso. É algo que acontece em muitas escolas, em bairros ricos e pobres não só no Rio como em todo país.

Motivo de debate em todas as esferas da sociedade brasileira, o comportamento de crianças e jovens nas escolas virou tema de pesquisa nacional do Instituto DataSenado. E os números do levantamento das ocorrências de bullying são alarmantes: 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses no ambiente escolar.

E a prática desse bullying pode ter causado a morte de Carlos Teixeira, o Carlinhos. Aluno do sexto ano de uma escola pública, que dançava break, adorava ir ao sítio e, mais recentemente, aprendeu a andar de patins.

“Meu filho era um garoto muito, muito doce. A vida dele era jogar no computador. Não saía para a rua, ficava só jogando”, diz Michele de Lima Teixeira, mãe de Carlinhos.
Nos últimos meses, a vida do menino mudou bastante. Ele saiu de um colégio e estava estudando na Escola Estadual Julio Pardo Couto, em Praia Grande, no litoral do estado de São Paulo.

Carlos Teixeira, que morreu após ser agredido em Santos

Carlinhos contou para a mãe que achou a escola muito diferente da anterior e o motivo era a violência que acontecia lá dentro. Mas, por ser o maior da turma, queria ficar forte para poder defender os colegas menores dos agressores. O adolescente estava dentro da sala de aula quando, segundo os pais, a constante perseguição chegou ao seu extremo: dois estudantes pularam com violência nas costas dele. O adolescente foi internado na UTI da Santa Casa de Santos e, sete dias depois das agressões, teve três paradas cardíacas e morreu.

“Ele falou pra mim que não podia entrar no banheiro, porque quem vai para o banheiro apanha”, relatou a mãe, em entrevista ao Fantástico, da Globo.

Segundo a especialista Lívia Miranda, que trabalha na Prefeitura de Petrópolis e dedica seu doutorado na Universidade Federal Fluminense à tese da violência na escola, tão importante quanto acolher vítimas de bullying é buscar o diálogo para educar quem comete o ato

Lívia Miranda

“É importante dizer que a escola sozinha não resolverá e nem enfrentará o problema da violência. A solução depende de combater questões mais profundas, como investigar as causas. Com essa preocupação, especialistas nas escolas elaboraram políticas para encarar o problema. As medidas fazem parte de um complexo de ações que devem ser realizadas em conjunto com a Educação, a Saúde, a Assistência Social e o Judiciário, entre outras áreas. Primeiro é importante conhecer a violência sofrida e ter o cuidado para que a vítima não seja constantemente atacada. Mas aquele estudante que pratica o bullying deve ter a oportunidade de ser acolhido para poder refletir sobre suas atitudes. Os estudos revelam que estudantes agressores também são vítimas em algum outro círculo social, seja em casa ou algum outro espaço fora da escola. É importante pensar na organização escolar envolvendo atividades culturais e artísticas para que esses estudantes possam expressar aquilo que lhes aflige”, aconselha.


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