Os vencedores do II Festival de Curtas (FestFlávio) e do III Concurso de Dramaturgia Flávio Migliaccio foram anunciados no sábado, dia 24, em cerimônia que aconteceu no auditório da ABI – Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes autores e representantes das 9 peças, 6 curtas de ficção e 5 documentarios que foram selecionados.
No FestFlávio o primeiro lugar na categoria documentário ficou com “O gigante do Mata Galinha”, de Rosane Gurgel, sobre o aniversário de 50 anos da Arena Castelão no Ceará. Na categoria ficção, o vencedor foi o filme “Deixa”, de Mariana Jaspe, com Zezé Motta, que conta a história de Carmen que vive seu último dia de liberdade antes do seu marido sair da prisão. Já os premiados no Concurso de Dramaturgia são: “Arquipélago, de Leonardo Simões, na categoria adulto e “A fabulosa aventura da menina valente em busca do velho do mar”, de Saulo Sisnando, na categoria infanto-juvenil.
A premiação homenageou também os atores Osmar Prado e Othon Bastos com o Troféu Flávio Migliaccio pelas suas contribuições ao cinema e ao teatro.
Esteve presente no evento o jornalista Marcelo Migliaccio que fez a entrega do troféu em homenagem ao ator Othon Bastos, que foi representado pelo diretor de cinema Diego dos Anjos.
Conheça os premiados do Festival de Curtas Flávio Migliaccio
O documentário “O gigante do Mata Galinha” tem roteiro e direção de Rosane Gurgel, do Ceará. A produção, que foi lançada em 2023, por conta dos 50 anos da Arena Castelão, foi indicada também para o Brazil New Visions Film Festival, festival de cinema para produções nacionais e internacionais.
Fotógrafa, jornalista e cineasta, Rosane Gurgel já produziu os filmes “O caminho de volta”, “Por trás das cortinas” e “Tereza e Bruno”.
O curta-metragem “Deixa”, de Mariana Jaspe, que levou o 1º lugar na categoria ficção do FestFlávio, estará em outubro na Première Brasil do Festival do Rio, e este ano concorreu no Festival de Gramado e ganhou o prêmio de melhor curta metragem de ficção no Festival de Cinema de Paraty.
Natural de Salvador, Mariana Jaspe estreou no cinema com o curta-metragem “Carne”, lançado em 2018, selecionado para mais de 30 festivais ao redor do mundo. “Deixa” é seu segundo filme. É roteirista do longa de ficção “Neuros”, de Guilherme Coelho, e dos documentários “Batekoo – Um filme de afeto”, em finalização, e “Quem é essa mulher”, a ser lançado ainda este ano.
Os outros premiados do Festival de Curtas Flávio Migliaccio foram: Categoria documentário: 2º lugar: ‘Fazer cinema não é mole não”, de Miguel Freire; 3º lugar: ‘O sobrevivente da Candelária”, de Felipe De Brêtas; 4º lugar: “Paradiso de Anibal”, de Diego Baraldi e 5º lugar: “Ana Rúbia”, de Iris Alves Lacerda e Diego Baraldi.
Na categoria ficção a seleção do júri foi a seguinte: 2º lugar: “Através dos sentidos”, de Gilson do Nascimento; 3º lugar: “Terminal”, de Getsemane Silva e Guilherme Bacalhao; 4º lugar: “Queime esse corpo”, de Denis Cisma e Maurício Bouzon; 5º lugar: “Sabão líquido”, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini e em 6º lugar: “Controle”, de Ricardo Manjaro.
Premiados no Concurso de Dramaturgia
“Arquipélago”, de Leonardo Simões, que ficou com o 1º lugar na categoria adulto, conta a história de Pedro e Cláudia. O texto começa em uma cafeteria quando o casal termina ou começa a relação. As possibilidades são infinitas. Inspirados pelas teorias da autora norte-americana Bell Hooks, o casal afro percebe que se para algumas pessoas o final trágico parece impossível de mudar, contar a história e narrar as tentativas de viver o amor ainda vale a pena.
Nascido em Patrocínio, Minas Gerais, Leonardo Simões mora em São Paulo desde 2010. Cursou Jornalismo e trabalha com redação publicitária. Foi finalista do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-SP em 2019 e 2021. É mestrando em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Folha de Rosto” foi seu primeiro livro.
O vencedor da categoria infanto-juvenil, Saulo Sisnando, escreveu a peça infantil “A fabulosa aventura da menina valente em busca do velho do mar”, que conta a história de Titânia, uma garota obstinada e guerreira que, após ter seu avô levado pelo velho do mar, precisa encontrar uma mágica ostra de prata, única forma de trazer seu avô de volta para casa. Para isso ela enfrenta uma intensa batalha com um monstro dos sete mares. Com um texto divertido e emocionante, a obra utiliza as famosas histórias de piratas para falar sobre a finitude humana e o poder da força de vontade.
O escritor, dramaturgo, ator e diretor teatral Saulo Sisnando é natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, mas mora em Belém do Pará desde a década de 1980. Seus contos já foram premiados pela Universidade Federal do Pará, já publicou o livro infanto-juvenil “Puzzle-Tenha fôlego para chegar ao fim”, escreveu diversas peças teatrais e foi vencedor do Prêmio Literário da Casa das Artes do Governo do Estado do Pará com o “O Príncipe Poeira e a Flor da Cor do Coração”.
Os outros premiados na categoria adulto foram: 2º lugar: “Coisas da Vida”, de Cláudia Valli; 3º lugar: “Chuva fértil da cor”, de Luana Arah e “Errata”, de Eduardo Aleixo em 4º lugar.
Já na categoria infanto-juvenil o 2º lugar ficou com “Toada dos quintais”, de Luiz Carlos Laranjeiras; 3º lugar: “A herança da santa”, de Orlando Augusto de Santana Pinto; 4º lugar: “Arlindo, o fantasma rosa choque”, de Daniella Michelin e na 5ª colocação, “Alegria!”, de Claudia Valli.
Organizados pelo produtor cultural Francis Ivanovich, o FestFlávio e o Concurso de Dramaturgia são uma forma de homenagear o ator, produtor, diretor e roteirista Flávio Migliaccio pela sua contribuição ao cenário cultural nacional.
“O objetivo da união teatro-cinema é que a marca Flávio Migliaccio reúne tudo isso – a arte da interpretação e o audiovisual”, disse Francis Ivanovich, idealizador e diretor geral do evento.
A realização do evento é da Frankfurt Produções, com criação e direção geral de Francis Ivanovich e apoio cultural do Instituto Proprietas e Cinemateca do MAM.
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