Duas horas após sua abertura, o bebê Kalleb nasceu na unidade de parto cesariana
Depois de 13 anos fechado, o novo Hospital e Maternidade Municipal Juscelino Kubitschek foi inaugurado no final da tarde de quarta-feira, 21 de agosto, como maior presente que o município e seus moradores poderiam receber: era o dia em que Nilópolis completou 77 anos de emancipação político-administrativa de Nova Iguaçu.
A vice-prefeita, professora Flávia Duarte, o governador Cláudio Castro, o secretário municipal de Saúde, André Esteves, a secretária de estado de Saúde, Cláudia Mello, e os deputados da cidade Ricardo Abrão e Rafael Nobre estavam no palco. Também estavam ali o secretário de estado de Trabalho e Renda Felipinho Ravis e a secretária executiva do CISBAF Rosangela Bello.
Na ocasião, foi inaugurado também o auditório Prefeito Farid Abrão, em homenagem ao ex-prefeito, que lutou pela reabertura do hospital. Jane David se emocionou junto com familiares e convidados ao representar o falecido marido. A unidade de saúde é dirigida pelo médico Joé Sestello, que por 10 anos foi gestor do Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse.
Duas horas após sua abertura, o JK já recebia o primeiro paciente. Era a grávida Nataly Pessoa, nascida na mesma unidade de saúde em 1993. ” Já tenho uma filha de 10 anos. Estou feliz porque a maternidade reabriu. Eu nasci aqui também, mas quando era pronto-socorro. Estou um pouco nervosa. Dessa vez vai ser um menino”, afirmou ela, poucos minutos antes de ser preparada para a sala de cirurgia e dar à luz Kalleb às 21h31. A avó do menino, Aurora Rosa Pessoa, 49 anos, funcionária do setor administrativo, agradeceu ao prefeito pela entrega do hospital. ” Meu neto tem o privilégio de ser nilopolitano”, comemorou.
“O Hospital JK é um grande marco público para a população nilopolitana. Até essa unidade ser entregue, a Baixada Fluminense contava somente com dois hospitais de grande porte: A Posse e o Saracuruna, fazendo que o nosso povo se deslocasse para o grande Rio em suas emergências e hoje, numa parceria entre a prefeitura e o Estado, abrimos as portas para ampliar a oferta, através de um equipamento público de qualidade. São cinco andares de um hospital que trará esperança e vida. Esperança de socorro no momento de aflição e vida, através de nossa maternidade”, afirmou a vice-prefeita, professora Flávia Duarte, que agradeceu ainda o apoio do governador.
Emocionado com a calorosa recepção da população de Nilópolis, que lotou a frente do hospital e gritou seu nome e de outras autoridades, o governador Cláudio Castro elogiou a atuação do prefeito Abraãozinho. ” Eu não posso deixar de fazer justiça a esse irmão de vida que eu tenho, que é o prefeito Abraãozinho. Ele tem feito um trabalho maravilhoso aqui na cidade, junto com a vice-prefeita Flávia. Tive uma das maiores votações da história dessa cidade para governador. A melhor maneira de eu agradecer é vindo aqui para mais entrega e investimento, seja em saúde, educação ou segurança pública”.
“Governador, conseguimos colocar cem por cento da cobertura da estratégia de saúde da família. Tínhamos 22 equipes, hoje temos 39, com 24 equipes. Colocamos equipes de saúde bucal em todos os postos, temos 14 equipes de saúde bucal no nosso município. E no ano passado fizemos 4 mil atendimentos somente na rede básica. O desafio é muito grande, mas graças ao empenho do nosso grupo político, aqui representado pelo Rafael e pelo Ricardo, e com todo o suporte do senhor e da sua secretária estadual de Saúde, estamos devolvendo à população o tão sonhado hospital”, discursou o secretário de saúde André Esteves.
Cláudio Castro garantiu que todos os municípios do estado têm um tratamento igual em seu governo. “Eu acredito que é assim que a gente vai construir uma sociedade que trate bem todos, independente da região do estado”. A obra do hospital foi realizada graças a uma parceria entre o governo federal, representado pela Caixa Econômica Federal (CEF), o governo do Estado e a prefeitura municipal.
História do JK
Criado ainda em 1936 em terreno cedido por Nicolau Cobelas, o então posto médico teve muito apoio dos judeus e libaneses que moravam no então distrito de Nova Iguaçu. Os médicos chegavam de trem a Nilópolis e os moradores, muitas vezes, davam almoço e lanche para os profissionais. Após a morte do médico e ex-presidente da República Juscelino Kubitschek em acidente de automóvel em 1976, a unidade recebeu o nome deste. Quando passou à categoria de hospital, tinha 20 leitos de maternidade, 30 leitos de clínica médica e 15 leitos de cirurgia geral, além da emergência clínica, cirúrgica , pediatria, obstetrícia e ortopedia.
“Esse hospital sempre foi uma referência para a Baixada Fluminense, atendia pacientes de outras cidades da região e do Rio também”, disse o médico Kiraz Karraz, presidente do Fundo Municipal de Saúde, ex-acadêmico na unidade de 1970 a 1974 e, onde trabalhou depois por 10 anos. “Fazíamos, em média, 10 a 15 partos por dia, além de observações obstétricas”, recordou dr. Kiraz, acrescentando que está feliz por mais essa conquista do município. ” Além de ser um equipamento de grande importância para nossa população, resgata lembranças da minha juventude”, concluiu o médico, também ex-secretário municipal de Saúde.
Setores do hospital
O HMJK é uma unidade de grande porte, com cinco andares e capacidade para 102 leitos, entre pediatria, obstetrícia e maternidade. E recebia moradores de outras cidades da Baixada e até do Rio. Serão oferecidos atendimento de urgência e emergência, Centro Cirúrgico e Obstétrico, Centro de Parto Normal, berçário, Clínica Cirúrgica, Clínica Geral, Quartos de Pré-Parto, Parto e Pós-Parto.
Dispõe ainda de Raio-X, Farmácia, Laboratório e Central de Material de Esterilização, além de vestiários, rouparia; salas de descanso para médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, setor de administração; cozinha, refeitório, entre outros. Por exemplo, a enfermaria de clínica médica, que tem 27 leitos, com salas para preparo de medicamentos e prescrição médica e a enfermagem.
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