O Rio de Janeiro amanheceu debaixo d’água neste domingo (14). Até o momento foram registradas sete mortes. Chuvas fortes desde a noite de sábado alagaram vários bairros da cidade do Rio, de Niterói, São Gonçalo e da baixada fluminense. Na capital, a zona norte foi a região mais afetada. Segundo o Centro de Operações Rio, o muunicípio entrou no estágio 4 às 02h45. No momento, segundo o Sistema Alerta Rio, núcleos de chuva perdem intensidade, porém, permanecem atuando de forma contínua podendo ocasionar o aumento desses acumulados de chuva. Foram registrados também queda de árvores. 29 sirenes foram acionadas em 16 comunidades durante o sábado e a madrugada de domingo.
Mortos nas chuvas do Rio
- 1 mulher – Rua Maturá, em Acari (vítima de afogamento)
- 1 homem – Rua Moraes Pinheiro, em Ricardo de Albuquerque (vítima de soterramento)
- 1 mulher – Rua General Rondon, em Nova Iguaçu (vítima de afogamento)
- 1 homem – Rua Neuza, em São João de Meriti (vítima de uma descarga elétrica)
- 1 homem – Rua Pinto Duarte, em São João de Meriti (vítima de afogamento)
- 1 homem – Passarela da Bernardino de Melo, em Comendador Soares (vítima de afogamento)
- 1 homem – Rua Parecis, em Belford Roxo (vítima de afogamento)
- 1 homem – Rua Marques de Paranaguá, em Duque de Caxias (vítima de uma decarga elétrica)
- 1 homem – Rua Patricia Cristina, em Nova Iguaçu (vítima não teve a causa da morte divulgada)
Em Ricardo Albuquerque, bombeiros usaram cães farejadores, para resgatar o homem que morreu soterrado após o desabamento de uma edificação na rua Moraes Pinheiro, na manhã deste domingo.
Acari foi o bairro mais afetado. Houve o transbordamento do Rio Acari, a queda de um muro próximo ao metrô e o alagamento de ruas, o que afetou estabelecimentos e moradores.
O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) está acompanhando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos em todo o território fluminense, enviando alertas para os municípios quando necessário.
Na avenida Brasil/Mendanha, choveu forte (10,4mm). Na Grota Funda, Santa Cruz, Campo Grande e Sepetiba, choveu moderado (entre 1,25 e 6,25mm). Além disso, choveu em outras localidades da cidade também.
Segundo informações do Alerta Rio, choveu em Anchieta, em apenas 24 horas, aproximadamente 40% a mais do que a média histórica de janeiro naquela região. Ou seja, em apenas um dia choveu muito mais do que era esperado para o mês inteiro: 138,4% da média de janeiro.
O mesmo cenário verificou-se em Irajá: 123,6% da média de janeiro. Em Madureira, foram quase 10% a mais que a média mensal: 109,7% da média de janeiro.
Na estação de Metrô de Colégio, as pessoas tiveram que dormir ali já que as ruas estavam alagadas e o metrô estava fora do horário de funcionamento.
No Twitter, o Metrô Rio informou que o entorno das estações da linha 2 foi afetado e que irão operar a partir de Colégio até Ipanema. As estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto estão temporariamente fechadas.
A chuva teve também como uma das consequências o adiamento da prova dos acadêmicos bolsistas na área de saúde da prefeitura. O adiamento foi anunciado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Paes recomendou que as pessoas evitem transitar pela Avenida Brasil e pela zona norte em si.
Na Praça de Pedágio do km 102, em Duque de Caxias, a pista precisou ficar interditada por cerca de 3h na subida da serra de Petrópolis, na Região Serrana, devido ao alagamento e risco de deslizamento. O sentido Rio, pista de descida, seguiu operando normalmente.
Outro trecho alagado foi o da Reduc, que apresentou retenção no trânsito por causa de bolsão d’água em ambos os sentidos da rodovia. Segundo a Concer, concessionária responsável pela via, a pista sentido Juiz de Fora chegou a ficar com 10km de congestionamento entre km 123 (acesso a Caxias) e km 113 (Reduc).
Em Niterói, a situação é igualmente grave: Segundo a Prefeitura, a cidade teve o maior registro de chuva em uma hora desde que a medição é feita pelo município. A chuva chegou a 120,2 milímetros no período de uma hora, o que representa mais de 80% do volume esperado para todo o mês de janeiro.
Numa escala comparativa, os municípios brasileiros adotam as seguintes medidas: chuva fraca: abaixo de 5,0 mm/h; chuva moderada: entre 5,0 e 25 mm/h; chuva forte: entre 25,1 e 50 mm/h; e chuva muito forte: acima de 50,0 mm/h.
Niterói se mantém em estágio de alerta, que é o terceiro em uma escala de quatro estágios, de acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Civil e Geotecnia. Nas últimas horas, foram acionadas as sirenes das comunidades do Morro do Estado, Morro da Penha, Boa Vista, Jurujuba, Cavalão, Preventório e Morro do Palácio.
Mais de 350 agentes da Prefeitura de Niterói estão atuando nas ruas para mitigar os impactos da chuva, entre operadores da NitTrans, equipes da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) e da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), da Defesa Civil, da Assistência Social e Samu.
Descubra mais sobre Portal Agora RJ
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.