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21/11/2024 13:23
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O carnaval ganha uma nova escola de samba: A Alegria de Copacabana

A energia contagiante da Alegria de Copacabana está de volta ao cenário do Carnaval, com uma nova liderança prometendo elevar a agremiação a novos patamares. Sob a presidência de Maurício Dias e a vice-presidência de Vinicius Jr., a agremiação se prepara para uma era de renovação e ambição.

Maurício Dias, um veterano apaixonado pelo Carnaval, assume o comando aos 51 anos, trazendo consigo uma vasta experiência nas entranhas das escolas de samba. Com um histórico que remonta a 1988, quando começou sua jornada na Caprichosos de Pilares, Dias passou por diversas agremiações, acumulando conhecimento e paixão pelo mundo carnavalesco. Agora, seu foco está em transformar a Alegria de Copacabana na principal referência da região, com planos audaciosos que incluem desfiles na Sapucaí e uma consolidação duradoura no cenário do Carnaval carioca.

“Quero dizer a toda comunidade da Alegria de Copacabana, a toda Copacabana e região do entorno de nossa quadra, que nós temos um projeto para transformar nossa agremiação na maior e mais forte da região. Os nosso objetivo a pequeno prazo é chegar a Sapucaí e a médio prazo é solidificar a escola com a mesma grandeza do nosso bairro, que é reconhecido internacionalmente”, disse o presidente Dias.

Seu parceiro de liderança, Vinicius Jr., traz consigo um legado familiar profundamente enraizado no samba. Crescido ao som dos tamborins, suas primeiras lembranças de Carnaval remontam aos desfiles na Avenida Rio Branco. Determinado a levar o legado do bloco transformado em escola, fundado por seu avô, à elite do Carnaval carioca, Vinicius Jr.

Novidades da escola

Jota Lourenço assumirá o cargo de diretor de carnaval.

Jota traz consigo uma vasta experiência no mundo do Carnaval, tendo atuado como diretor em diversas agremiações de renome. Com passagens marcantes pela União do Parque Curicica, Mocidade Unida do Santa Marta e Caprichosos de Pilares, além de ter ocupado o cargo de Superintendente de Carnaval na União do Parque Curicica e Acadêmicos de Jacarepaguá.

Sua expertise se estende ainda como Diretor de Alegorias na Acadêmicos da Rocinha, Unidos da Tijuca e Lins Imperial, bem como Diretor de Barracão na Lins Imperial.

Filho de Tinga como intérprete

Breno Panda, de 25 anos, será o intérprete oficial da agremiação no Carnaval 2025. Breno, filho do intérprete Tinga, iniciou sua trajetória no samba aos 12 anos, integrando o carro de som da escola mirim Herdeiros da Vila em 2011. Além de sua carreira no carnaval, Breno trabalha como maqueiro na UPA de Irajá. Flamenguista apaixonado, ele também gosta de cantar, jogar futebol e tocar instrumentos.

Após sua passagem pela Herdeiros da Vila, Breno ingressou na escola mirim Tijuquinha do Borel, onde atuou como intérprete até 2016. Naquele ano, foi convidado pelo presidente Fernando Horta para integrar o carro de som da Unidos da Tijuca, ao lado de seu pai. Permaneceram na escola do Borel até 2018, quando retornaram à Unidos de Vila Isabel, escola do coração de ambos, onde continuam até hoje.

Iago Dionísio e Estephani Rufino, ambos com 18 anos, serão o casal de mestre-sala e porta-bandeira.

Carnavalescos

Pedro Machado e Paulo Jorge assumirão a responsabilidade de conduzir o enredo que irá colorir a avenida popular da Intendente Magalhães em 2025.

Pedro Machado, com uma trajetória marcada por dedicação e paixão pela arte do Carnaval, traz consigo uma bagagem de experiências que moldaram sua expertise. Desde os seus primeiros passos na Cidade do Samba, Pedro mostrou talento e determinação, transitando por diversas escolas e desafios até chegar ao posto de carnavalesco. Sua visão de valorização da comunidade e sua busca incessante pela excelência prometem cativar os corações dos desfilantes.

Por outro lado, o carioca Paulo Jorge, com seu background como artista plástico, traz uma riqueza de técnicas e inspirações para somar à equipe. Sua jornada, permeada por colaborações com grandes mestres do Carnaval, reflete um profundo comprometimento com a arte e a tradição das escolas de samba. Com um olhar atento aos detalhes e uma mente criativa, Paulo Jorge promete surpreender e emocionar com suas criações.

Cristiano Plácido será o diretor artístico, Júlio Fortunato será o diretor de barracão, Para o comando do seu Departamento de Carnaval vieram Thiago Borgue, Robson, também conhecido como Robão da Imperatriz, e Lucivan Barbosa, cada um trazendo uma rica bagagem de experiências e uma paixão ardente pelo carnaval.

Na direção de harmonia Nuriel Gomes, Leonardo Falcão e Pelezinho, na bateria Vitinho, chega como o novo Mestre de Bateria para o Carnaval de 2025. Aos 30 anos de idade, Vitinho traz consigo não apenas uma bagagem de experiências, mas também uma inabalável paixão pelo Carnaval.

Léo Oliveira é o novo coreógrafo da comissão de frente da agremiação. Residente da comunidade Cantagalo, em Copacabana, Oliveira traz consigo uma rica bagagem de experiências e conquistas no mundo do samba.

SINOPSE DO ENREDO

Com o tema “Carnaval, a Alegria de Copacabana”, a agremiação promete levar muita animação e cores para a Intendente Magalhães, avenida conhecida por ser o palco dos desfiles das escolas da Série Prata da Superliga Carnavalesca.

O tema é assinado pela talentosa dupla de carnavalescos Pedro Machado e Paulo Jorge, que têm se destacado no cenário do samba por suas criações inovadoras e vibrantes. A expectativa é que a Alegria de Copacabana traga para a avenida um espetáculo que celebre a essência do carnaval carioca, com suas tradições e a energia contagiante que caracteriza a festa.

O enredo “Carnaval, a Alegria de Copacabana” promete ser uma verdadeira celebração da alegria e da cultura popular, reafirmando o papel do carnaval como uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil.

 

Confira a sinopse:

Copacabana, a mundialmente conhecida “princesinha do mar”, onde a areia testemunha a comunhão do Astro rei com o infinito azul do oceano, o lugar preferido para quem quer sonhar e amar. Copacabana, rainha da beleza, onde a natureza foi se acomodar.

Sob as bençãos dos deuses da folia, a Alegria nos transporta na magia para uma época onde foliões brincavam os festejos momescos na avenida à beira mar. Os grupos, vindos de diversas regiões celebravam pelas ruas do bairro, agregando brincantes pelo caminho até o calçamento na enseada, onde as mais graciosas senhoritas da sociedade desfilavam seu charme. No asfalto, pierrôs emocionados declamavam seus sentimentos às mais belas colombinas, vivendo amores que findariam na quarta-feira de cinzas.

Nas areias de Copacabana, grupos carnavalescos trajando suas fantasias de papel crepom, competiam para saber quem era o mais pomposo, após a consagração, os vencedores recebiam sua premiação: muito vinho, caixas de bombom e vidros de loção. A festança tinha tamanha fama que até gringo caiu no samba. Richard Feynman, vencedor do Nobel de Física, se encantou com a folia e quis fazer parte da alegria, desfilou na bateria do bloco Farsantes de Copacabana, tocando, nada mais nada menos, que frigideira. O batuque deu tão certo, que o bloco se sagrou campeão. Após a consagração dos vitoriosos, os foliões se lançavam na imensidão azul, em um mergulho coletivo, um verdadeiro banho de mar à fantasia, pintando as águas com as mais diversas cores.

Marcando o início da semana carnavalesca, um corso desfilava pela Av. Atlântica. A elite carioca passeava em seus conversíveis ricamente decorados, acenando para o público, seguido por uma batalha de flores e confetes, fazendo cair do céu uma chuva colorida.

O povo entusiasmado com a folia nos blocos se jogava de fantasia. “Meu bem, Volto Já”, o rancho “Flor do Sereno” vai desfilar, mas não tire o olho do relógio “Bip bip”, às 9 será a hora de empolgar. Mas que loucura esse carnaval, tem “peru pelado” correndo no asfalto e a cachorrada alvoroçada, curtindo um “Blocão” animal. Embalado pelo som das “Hollywoodianas” canções, o “BlocoBuster” arrasta as multidões. Em Copacabana, para aqueles que são ruins da cabeça ou doentes do pé, “Remédio é o Samba”.

O som das bandas embalam as solenidades, do Lido ao Bairro Peixoto, a multidão se

aglomera sem vaidades. Para refrescar a emoção, um “Choppinho da Paula Freitas” se torna a melhor opção. Na esquina da Atlântica com a Duvivier, próximo ao Beco das garrafas, reduto da boemia carioca, o “Cabeça de Chave” celebra a festividade. De longe se sente a energia dos “Afoxés” evocando a ancestralidade.

Descendo a ladeira dos Tabajaras, colorindo de azul e amarelo, desponta a Vila Rica,

ensaiando seu desfile. O povo segue se divertindo atrás dos “megablocos”, transformando o mosaico preto e branco em um mar de alegria.

No carnaval de Copacabana, o preconceito não tem vez. No baile da Alaska, a galeria do

amor, o orgulho, o respeito e a liberdade convidam todos a “baterem seus leques” e colorir a pista com um arco-íris de diversidade. O Baile do Copa é sensacional, a mais tradicional e suntuosa festividade da cidade, ilumina as areias e o céu com seus holofotes, uma noite para as estrelas desfilarem seu brilho nos salões do Palácio que se ergueu no oásis tropical.

Na passarela do samba tantos carnavais emanaram essa alegria, vinda da Zona Sul. Batendo na palma da mão, levantou-se a poeira da Sapucaí, para homenagear a madrinha, Beth Carvalho, com Caymmi se adormeceu na praia, na rede de um pescador. Ao som do adarrum se batucou para Ogum, alabes foram tocados para os doze obás de Xangô. O preto velho chegou na roda, vindo de Aruanda, sarava umbanda. O quilombo festejou coroando, Luiza e Ganga Zumba, herdeiros da realeza africana.

No altar do samba, sobre o pavilhão vermelho e branco, se cantou o “jeitinho carioca” e se louvou nossa Senhora de Kopakawana. Na Cinelândia, do teatro Rival, se anunciou um desfile triunfal, lá vem o Bola Preta, eterno folião do carnaval.

Hoje a Alegria descortina o passado, para reverenciar um eldorado de antigos carnavais. O girar do pavilhão vermelho, branco e ouro reflete o verde, rosa e branco de outrora. Resgatamos nossas origens, saudamos o bloco multicampeão, oriundo da comunhão do Independente do Pavãozinho e do Império do Pavão.

Voa pensamento voa, porque coisa boa é para se lembrar. Sobre os aplausos da galera

desfilaram “O rei da Voz”, a “Pequena Notável” e o grande “Lalá”. Foi esse mesmo pavilhão que emocionou com a arte da história negra a desfilar. Sem medo de repressão, cantou a Bahia dos orixás com devoção. Na avenida entoou, “negro é sangue, negro é raça, negro é paz, negro é amor, com seu culto evocava o seu Senhor. Foi nossa senhora do Rosário que o Maracatu abençoou”. Girou nos sonhos de uma menina, personalidade imortal, cantou Mercedes Baptista, primeira bailarina negra do Theatro Municipal. Com cinzel e martelo, na avenida fez transbordar a emoção, na madeira ou na pedra sabão, Aleijadinho recriava a criação, consagrando campeã a agremiação. “Palmarizando” celebrou a chegada da raiz Yorubá Nagô, iluminada pela paz interior, cantando a liberdade, sagrando-se mais uma vez campeã da festividade.

Foram tantos carnavais com desfiles memoráveis. Agradecemos ao Carlos Imperial por, carinhosamente, batizar a nossa alegria. Com orgulho e respeito, hoje nos apresentamos, para mostrar que fazemos samba também, muito prazer somos Alegria de Copacabana.

 

Pesquisa e desenvolvimento do texto: Pedro Machado

Carnavalescos: Pedro Machado e Paulo Jorge

Revisão de texto: Guilherme Luz

 

 


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